terça-feira, 11 de setembro de 2012

Pilhada


A maioria das pessoas há de ter um impulso para querer saber um pouco mais sobre coisas que são do seu interesse, mas que não necessariamente fazem parte do seu day by day. É nesse ponto que há um encontro amoroso entre mim e a Moda faz anos. Não sei precisar se as roupas que Minha Mãe costurava para as minhas Barbies foram o ponto de partida para que esse sentimento tenha despertado, mas se foi o que gritou na lembrança nesse minuto em que digito, que assim seja.

A Moda e as Letras foram se encontrando na minha vida severina tantas vezes que hoje com os pensamentos dois tantinhos mais amadurecidos, vejo que nunca mesmo eu poderia ter optado em absoluto por uma ou por outra, visto que para respirar eu preciso das duas. A possibilidade de sacramentar a minha paixão por esse universo tão novo que já me causou desafetos e estranhezas, dada ao experimento - única forma de sabermos se de fato algo nos convém - decidi que a Moda pra mim seria a opção 2 dependente da opção 1, as Letras. Aí eu comecei a ver vantagem.


A Moda passou a ser significativa quando me dei a chance de refletir sobre o que de concreto ela me traz e o quanto ela me subtrai, à medida que reconheço o distanciamento de itens que reza a lenda "tenho que ter"... e quando "ter" remete a palavra "comprar", minha realidade sussurra em tom de conscientização que é preciso moderar. A parcimônia gera impaciência já que as novidades surgem gritando para serem consumidas e aprender a dizer não para si é tão difícil quanto descascar cebola sem que os olhos fiquem em brasas, salvo que mais dia menos dia a gente se acostuma.

Como disse uma amiga, eu ando "pilhada" esses dias. Sem dormir e comer direito, a cabeça pensando em milhares de coisas ao mesmo tempo, além do medo de como será o amanhã quando a faculdade terminar? Esse dilema é tão velho quanto andar pra frente, convenhamos. Já consolei tantas amigas que  superaram essa fase e me pergunto em que lugar do meu cérebro estão as palavras que um dia ofereci com facilidade? Voltem pra me trazer o equilíbrio, favôoo...

Quando os pensamentos acordam me pressionando, a última coisa que eu quero é uma roupa que me aperte. A saia longa hoje existiu pra descontrair o layout de quem tá com o coração esmagado de agonia. Um look boêmio que se não fosse pelo colar escandaloso e pela bolsa de franja pra dar uma graça, seria no mínimo minimalista. E viva a redundância!



Atual livro de cabeceira. Artigos de Moda pra ler "rapidinho".

Casaqueto: Nadri
Blusa: Toli
Saia: sem marca, foi de uma lojinha do centro.
Sandália: Beira Rio
Colar: Vitória Bijoux

Bjokas de Agonia.

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